sábado, 31 de julho de 2010

PIRÂMIDES AZTECAS

Teotihuacán

Na quinta-feira, 22, fomos conhecer a zona arqueológica de Teotihuacán, que fica no município de San Juan de Teotihuacán, cerca de 50 km ao noroeste da Cidade do México.

Ao sairmos de casa, o doutor Bravo nos emprestou seus "paraguas", pois o tempo estava se armando para um temporal, inclusive os jornais orientavam para que as pessoas não saíssem de suas casas. E nós, ávidos por passeios e orientados pelo anfitrião resolvemos encarar.

Após aproximadamente uma hora de tráfego, algumas "cacetas" e acompanhados do amável amigo mexicano Henri, chegamos a Teotihuacán (cidade dos Deuses). Como cartão de visita, experimentamos as tunas, que são frutos adocicados extraídos do nopal, uma espécie de cactus. A mim pareceu muito semelhante ao kiwi, porém, com mais sementes, mas nem por isso menos gostosa.

As pirâmide localizadas neste parque são impressionantes. Têm cerca de dois mil anos, foram construídas pelos aztecas entre o anos  1-150 d.C. e são alguns dos lugares mais visitados e escavados do mundo.

As construções mais altas são as da Pirâmide Sol e da Pirâmide Lua. A primeira tem sua base com as dimensões 222 m x 225 m e mede 63 metros de altura (equivalente a um prédio de 20 andares). A segunda mede 150 m x 120 m e tem 42 metros de altura. As pirâmides têm estes nomes, pois a sua existência estava regida sobre profundas convicções religiosas e normas de vida a partir de ciclos da natureza.

Ambas estão abertas para escaladas ao topo. Porém, por causa da chuva que começou a cair e pela longa caminhada que se faz para chegar até elas, resolvemos encarar apenas uma. E a escolhida foi a Pirâmide Sol, obviamente a maior. Com a ajuda do Gian e do Cristian resolvemos contar os degraus: são 276 desgastantes e perigosos degraus. Como a chuva se intensificou, fiquei pelo caminho com os guris e os previdentes guarda-chuvas do doutor Bravo. A Mara e o meu irmão seguiram enquanto ficamos num patamar intermediário os aguardando para descer depois. A vista do alto é sensacional. A arquitetura e a engenharia empregadas mais ainda. Verifica-se que tudo foi planejado e realizado de uma forma muito metódica. As pedras são alinhadas caprichosamente. E pensar que isso foi feito a quase dois mil anos. As informações históricas dão conta de que nesta grande cidade viviam cerca de 150 mil teotihuacanos.

Diferentemente das pirâmides egípcias cujo interior era utilizado para edificação de túmulos, as mexicanas tinham finalidade fundamentalmente religiosa. O topo era frequentado apenas pelos sacerdotes que lá de cima do "altar" realizavam suas cerimônias e ritos.

O complexo todo de Teotihuacán é muito grande. Tem cerca de 82 km². Para se ter uma ideia, dentro do parque há uma via central de quatro quilômetros que nos leva até a Pirâmide Lua. Esta via chama-se Calçada dos Mortos. Inclusive, o nome levou o Gian e o Cris a posarem para uma foto temática.

El Tajin

Ontem, 30, tivemos a oportunidade de visitar outra zona arqueológica mexicana. Desta vez no município de El Tajin (cidade ou lugar do trono), que fica ao norte do Estado de Vera Cruz, onde estamos. Após a queda do império de Teotihuacán, El Tajin passou a ser o grande centro azteca, tendo o seu apogeo entre os anos 800 e 1150 d.C.

É um local privilegiado em termos naturais. Fica numa região extremamente arborizada, onde as construções aztecas ficam em perfeita harmonia com a mata. A maior construção é da Pirâmide dos Nichos, que tem este nome exatamente por ter sua arquitetura ostentada por 365 nichos que cultuam os 365 dias do ano solar. Desde 1992 o complexo de El Tajin é considerado pela Unesco como patrimônio cultural da humanidade. Ao contrário de Teotihuacán, as pirâmides de El Tajin estão num estado de deterioração mais avantajado o que impede a oportunidade dos turistas escalarem-nas. Temos que nos contentar de ve-las por trás de cordas de isolamento.

Próximo à entrada há um pequeno museu que dispõe de belos artefatos encontrados durante as escavações como esqueletos aztecas, ferramentas de trabalhos e pedras esculpidas.

Ao entardecer, na entrada do parque há uma apresentação dos Voadores de Papantla. Uma dança precolombina de nativos da cidade vizinha de El Tajin. É um ritual que através da dança e da música  os indígenas invocam a água, a terra, o vento, a Lua e o Sol, pois são elementos indispensáveis para criar vida na Terra. E a apresentação se inicia no alto de um mastro de aproximadamente 20 metros, onde quatro dançarinos se prendem a uma corda e vão descendo de cabeça para baixo em movimentos giratórios sobre o mastro, por isso o nome Voadores de Papantla. Papantla também é conhecida pela grande produção de baunilha. Inclusive, na entrada do parque há venda de baunilha in natura e de artesanatos feitos da planta.

Sinceramente, eu não esperava tanto da cultura azteca. Tem sido uma aula histórica inesquecível.

Luciano Gasparini

sexta-feira, 30 de julho de 2010

RESPOSTA AOS COMENTÁRIOS

Pessoal, estamos muito satisfeitos com a participação de todos. O número de acessos e os comentários são belos indicadores desta interatividade. Inclusive tem superado as nossas próprias expectativas. Em 13 dias de publicações foram mais de 750 visitas ao blog, isso dá uma média de cerca de 60 acessos diários.

Duas pessoas sugeriram fazer um livro a partir desta experiência do blog. Um livro talvez não, mas estamos pensando em manter permanentemente o blog como forma de registro das nossas viagens. Por que não começar a buscar as nossas primeiras viagens dos tempos de namoro? De Rei do Peixe à Xalapa!!

Então, em resposta ao significativo número de acessos resolvemos criar um post exclusivo para responder aos comentários, principalmente aos que pedem respostas. Aos demais, pedimos a compreensão e respondemos genericamente. Vamos lá.

Aos que desejaram votos de boa viagem: agradecemos efusivamente pelo carinho.

Aos que estão com inveja: paciência, não podemos fazer nada (risos).

Aos que ficam preocupados com a falta de postagens: há dias que retornamos tarde o que inviabiliza a publicação. Ainda há ocasiões em que viajamos e ficamos sem acesso à internet. Mas a ideia é ir recuperando o tempo perdido aos poucos.

Aos que fazem elogios a ideia do blog e aos textos: agradecemos muito. É gratificante saber disso.

Agora, respostas individuais àqueles que fizeram alguns questionamentos ou comentários muito específicos que requerem réplica:

KATIANE
Não pense que nos livramos da chuva só porque saímos de Porto Alegre. Chegamos na noite de 20 de julho e trouxemos a chuva. Foram quase sete dias ininterruptos de chuvas por aqui. A sorte é que não é muito intensa, temos conseguido fazer as visitas aos locais históricos. E hoje (quinta) até deu uma prainha.

DANI LOPES
Gostaríamos muito de ir a Cancun, mas está há quase 1500 km daqui, o que de certa forma inviabiliza. Acapulco é mais perto, está há aproximadamente 400 km, mas como meu irmão está com dois bebês em casa, fica complicado. Portanto, ficará para uma próxima oportunidade. No entanto, estamos adorando a viagem. A história do México é muito rica e estamos aprendendo muito, além do que, estamos verificando que o país não se restringe a estes dois balneários. Estamos indo em outras praias muito lindas também. Na sequencia as conhecerão através das novas postagens do blog.

FLÁVIO
O Gian disse para tu não encheres mais o saco perguntando pela pimenta (risos). Estamos tão raivosos com os teus incessantes pedidos que já estamos nos informando para saber qual é a pimenta mais picante dentre as mais de 300 variedades que tem por aqui. Retribua o beijo da Victória. A propósito, como foi a festa do pijama?

LU LIMA
Lu, a pedido dos guris, favor retribuir os "lambeijos" do Sadan e do Supla.

JONES
O Gian disse que ninguém dirige o avião, ou seja, observou que fica no piloto automático. Logo, tanto faz alguém dirigi-lo ou não (risos).

DANIEL MACIEIRA
É, a cada viagem uma "cacetada". O pior é o seguinte: as estradas não são boas. Paga-se o pedágio (ou caceta) e ainda assim o carro está a mercê dos buracos. Talvez por causa das ininterruptas chuvas dos últimos setes dias, mas que está ruim, está.

MAURA
A cada lugar que vamos o Gian quer catar uma pedrinha. Já estamos com quase uma dúzia. Depois acertamos o excesso de bagagem. Lembrando que por se tratar de viagem internacional, ele é cobrado em dólares.


ELEIR
Tu tens razão ao perguntar pelas sobrinhas, afinal são o principal motivo da nossa estada aqui, mas é que estamos obedecendo uma ordem cronologica e, pelo menos no blog, ainda não chegamos à Xalapa (risos).

A propósito, uma informação: domingo, 1º de agosto, pela manhã, será o batismo delas. Aí vão fotinhos de las niñas para matar a curiosidade. A risonha (à esq.) é a Iara Fernanda, nossa afilhada. E a modelo abaixo é a Dannia Paola.


LISA
A Mara teve que explicar para os guris esta brincadeira de vocês do tempo de criança de batizar as bonecas. Inclusive, pensando na tua observação de que estamos globalizando apadrinhamentos, decidimos abrir o aceite para batismos na Europa e em outros países das Américas. Ficamos no aguardo de novos convites.

Pessoal, por enquanto é só. Na sequencia mais novidades com a visita às milenares pirâmides de TEOTIHUACAN, um lugar que a todos impressiona.

Luciano Gasparini

quinta-feira, 29 de julho de 2010

TRANSPORTE CAÓTICO

Cidade do México
Pessoal, na Cidade do México, todas as circunstâncias que me impressionaram negativamente estiveram relacionadas ao trânsito. O transporte coletivo é de dar medo. A precariedade dos veículos beira o absurdo.

E não pensem que estou exagerando ou que é exceção. TODOS os veículos do transporte público (táxis dourados com vinho e os micro ônibus verdes) que olhei tinham avarias dos mais diversos tipos: falta do parachoque, vidro quebrado, ou ainda sem vidro e protegido com plástico, lataria amassada, reparos com aparente massa plástica, cordas segurando os espelhos laterais, sinaleiras quebradas, pneus carecas, sem falar que a frota é extremamente velha. Como podemos verificar na foto ao lado, vários táxis fuscas ainda circulam pela cidade. Só para lembrar, não estou falando de veículos particulares, o que já seria um absurdo, mas pior, me refiro ao transporte coletivo, responsável por movimentar uma das cidades mais populosas do mundo.

Não presenciamos congestionamentos, com certeza por estarem no período de férias escolares. A propósito, mesmo no período de férias, há cursos de verão, onde as crianças vão ao colégio para praticar atividades mais lúdicas. E o transporte dos estudantes é feito com aqueles ônibus que vimos nos filmes norte-americanos. E não são réplicas, são os próprios, doados pelo país vizinho a cada vez que renovam a sua frota.

E toda esta precariedade tem uma clara causa: a corrupção. Isto mesmo, a corrupção. Quem deveria ser exemplar para coibir os excessos é a primeira a se corromper. A polícia mexicana é extremamente corrupta. E não estou falando porque me falaram, mas por termos vivido na pele. Na quarta-feira, 21, meu irmão se deslocava para nos buscarmos na casa do doutor Bravo, quando foi interceptado numa blitze. Assim como São Paulo, a Cidade do México tem um sistema de rodízio para aliviar o trânsito. Uma vez por semana, um carro com determinado final de placa não pode trafegar. Por desconhecimento, o meu irmão não sabia que não podia circular naquele dia, pois ele é do Estado de Vera Cruz, que não tem este sistema.

Até aí tudo bem, o meu irmão estava infringindo a lei e deveria ser mesmo notificado. Porém, a polícia não aplica a multa, antes de qualquer coisa os policiais já vão pedindo um derterminado valor. Eles não esperam nem mesmo o suborno ocorrer, sem cerimônias já assaltam os condutores infratores. No caso, para começar a negociação fixaram a importância de três mil pesos (cerca de 400 reais). E eles ainda ameaçam dizendo que vão recolher a habilitação e que vão apreender o veículo. Final da história, nos liberaram mediante o pagamento de mil pesos mexicanos (em torno de 150 reais).

No dia seguinte, novamente uma blitze. E mais uma vez tivemos que pagar mil pesos. Desta vez por que o veículo estava sem um selo de verificação exigido a cada seis meses, um controle ambiental por causa das descargas  de gases na atmosfera. Mais uma vez o meu irmão desconhecia a lei e mais uma vez deveria ser multado, mas foi coagido a pagar a quantia exigida. O impressionate é ver o contraste de veículos circulando pela cidade caindo os pedaços,  pingando óleo pela pista e o meu irmão com um veículo 2008 notificado por não ter um selo ambiental no vidro do carro.

E isto acontece aos montes. Diariamente se observa blitzes. Se fosse para melhorar o sistema de trânsito tudo bem, mas a verdade é que já param os motoristas com a intenção de extorqui-los. Um amigo mexicano nos disse, inclusive, que hierarquias superiores exigem que, ao final do dia, os policiais retornem com uma determinada arrecadação. E os alvos principais são os veículos de estados estrangeiros, vulneráveis ao desconhecimento da lei.

E o transporte público está precário desta forma visivelmente pelo suborno. Eles são aferidos, deveriam ser proibidos de circular, mas pagam uma determinada quantia e seguem trafegando vergonhasamente pelas ruas da Cidade do México. O resultado disso é o oferecimento precaríssimo do serviço de transporte público, a insegurança no trânsito e altas taxas de monóxido de carbono no ar. Ainda bem que há o metrô, que salva um pouco. Em comparação a São Paulo o sistema metroviário é três vezes maior, são cinco linhas paulistanas contra 15 da Cidade do México. Uma pena que o transporte rodoviário seja assim, o povo mexicano é tão simpático com os brasileiros, com exceção da polícia, é claro.

Xalapa  

Xalapa Enriquéz (se pronuncia Ralapa), onde mora meu irmão, está distante 315 km da Cidade do México e fica no estado de Vera Cruz. É uma localidade bastante acolhedora. Antes de falar do transporte de Xalapa quero apenas comentar que aqui no México também tem muitos pedágios, o que eles chamam de "caceta". No deslocamento entre uma cidade e outra passamos por vários deles. O valor do pedágio gira em torno de 40 pesos mexicanos (cerca de seis reais). 

O transporte público de  Xalapa é consideravelmente melhor do que o da Cidade do México. Ainda que não sejam um exemplo de modernidade, os ônibus de Xalapa circulam em melhores condições. E fiquei impressionado com a quantidade de táxis que tem por aqui. Parecia-me gigantescamente desproporcional com a quantidade de passageiros. É uma cidade que tem cerca de 400 mil habitantes, mas para todo lado que se olha vemos sempre mais de um táxi circulando. Não me contive, fui perguntar a um taxista: "Señor, permisón. Soy brasileño y estoy con una curiosidad turística. Cuántos táxis hay en Xalapa?"
- "Sieis mil", respondeu ele.

Para se ter uma ideia, Porto Alegre tem cerca de dois milhões de habitantes e 4,5 mil táxis, ou seja, uma média de um táxi para cada 445 habitantes. Usei da mesma razão para verificar proporção em Xalapa. Seis mil táxis para 400 mil habitantes. Isso dá uma média de um táxi para cada 67 habitantes.  

Há mais duas curiosidades para se ressaltar no trânsito de Xalapa. A primeira é que aqui são as mulheres que fiscalizam o trânsito. Normalmente andam em duplas. São servidoras públicas e por vezes estão acompanhadas de militares, porém também mulheres, como podemos verificar neste vídeo. Prestem atenção no trilar do apito, parece aqueles infantis que a bolinha trepida no seu interior. No vídeo também dá para observar a quantidade de táxis que trafega.

A segunda curiosidade é o posto de vendas da rodoviária de Xalapa. Funciona no sistema "drive thru". É como no Mc Donald's, porém invés de você retirar um Mc Lanche Feliz, você retira um bilhete de passagem (risos). Portanto, o motorista passa primeiro por um terminal, onde através de um comunicador conversa com a atendente e solicita a passagem. Os dados são conferidos da tela de um computador e depois do aceite do comprador, basta esperar a fila de carro andar e pegar o documento no guichê de saída. Achei ótimo. Muito mais prático e cômodo do que ter que encontrar estacionamento (ou se constranger com a presença de "flanelinhas"), se deslocar, ficar em pé nas filas, entre outras complicações. 

Quando chegarmos a Porto Alegre vamos mandar este post para a rodoviária. Quem sabe eles adotam este sistema para a Copa de 2014.

Ainda bem que mudamos de cidade e o transporte mudou radicalmente.  Se não houvesse alteração teríamos que fazer como os meninos, encontrar um transporte alternativo, certamente mais seguro, mais barato, menos corrupto e menos poluente.

Luciano Gasparini

terça-feira, 27 de julho de 2010

REALMENTE, UMA BELA ARTE

Ainda na quarta-feira pela manhã, caminhando pelo Centro Histórico, saímos do Zócalo e nos deslocamos para a região onde está o INBA - Instituto Nacional das Belas Artes (também conhecido como Palácio Belas Artes) e a Torre Latino Americana.

O INBA é um órgão do governo federal e tem como finalidade estimular o desenvolvimento artístico no país, através de espetáculos, obras de arte, dança, teatro, entre outros. O prédio foi construído a partir de um decreto presidencial realizado em 1946 e também impressiona por sua linda arquitetura. Ele ocupa um quarteirão inteiro e tem lindos jardins na frente. Como havia previsão de chuva nem entramos fomos diretos para Torre Latino Americana. No entanto, para não sairmos sem nenhuma lembrança, posamos caprichosamente para fotos.

Pois é, após anos, finalmente conseguimos realizar uma viagem internacional legal. Estamos em frente a um dos prédios mais visitados das Américas e, embora eu não me ache fotogênico, me esforcei ao máximo para sair bem na foto e...clic. A foto está tirada. Vamos vê-la!! Ahh não!! O que é isso Gian?

A gente cria os filhos com todo amor do mundo, colocamos ele na cacunda para dar uma mostra de união, atenção, paternalismo, família unida e olhem o que aconteceu!! Realmente, uma bela arte brasileira em frente ao palácio de mesmo nome.

Do outro lado da rua está a Torre Latino Americana. Olhamos de baixo e não parecia grande coisa, mas quando subimos. Simplesmente sensacional!! A Torre, inaugurada em 30 de abril de 1956, tem cerca de 200 metros de altura ao longo dos seus 45 andares. Inclusive já obteve o recorde de prédio ibero americano mais alto. É uma propriedade particular e nela funcionam várias salas comerciais.

Ainda há uma curiosidade sobre a Torre Latino Americana. Apesar da sua grandeza é considerado um dos edifícios mais seguros do mundo, pois já resistiu a vários terremotos. Em 1957, a Torre adquiriu prestígio mundial ao ficar intacta após o dia 28 de julho do mesmo ano, data em que a Cidade do México praticamente ruiu após um terremoto de 7,7 graus na escala Ritcher. Porém, foi no dia 19 de setembro de 1985 que a Torre deu prova da sua robustez. Foi alvo do terremoto mais forte da história mexicana: 8,1 graus na escala Ritcher, mas, novamente, nada ocorreu. A Cidade do México ainda sofrera outros abalos sísmicos, o último deles no dia 22 de maio de 2009, mas nada que abalasse sua intransponível obra de engenharia.

Lá de cima, ao alto dos seus quase 200 metros, uma vista espetacular da Cidade. Realmente impressionante, pela altura que estamos e pelo que vimos. É possível circular a um raio de 360 graus e, assim, podemos constatar por que a Cidade do México é realmente uma das mais densas demograficamente. Parece que toda a Cidade é um centro de tantos veículos e prédios. Hoje, só a Cidade do México tem cerca de nove milhões de habitantes. Se contarmos a região metropolitana, este número sobe para quase 20 milhões.

No andar superior a esse da foto há uma luneta para que o turista se aproxime da bela paisagem. Quem tiver a oportunidade de visitar a Cidade do México não pode deixar de pegar um dos oito elevadores e subir ao topo da Torre Latino Americana.

As imagens guardadas do alto do prédio são realmente inesquecíveis. Valeu muito a pena!!!

Luciano Gasparini

segunda-feira, 26 de julho de 2010

" UNA PROPINA POR FAVOR "

Na quarta-feira pela manhã, fomos ao Zócalo (ou Praça da Constituição). Esta praça além de ser a sede do poder político, econômico e religioso do centro do México, é também o lugar onde o povo mexicano reúne-se para festas ou eventos. É um local onde se respira fortemente a cultura mexicana, pois ali estão as ruínas de Tenochtitlán (umbigo da Lua), capital do Império Azteca, que posteriormente foi dominada pelos espanhóis dando origem à Cidade do México.

Na arquitetura se observa bem a mistura do passado indígena e colonial, com mais de quatro séculos de história. Neste espaço estão o Palácio Presidencial, a Catedral Metropolitana e a Prefeitura da Cidade do México. E abaixo destas construções de origem espanhola, encontram-se ruínas do Império Azteca, algumas delas estão expostas e abertas à visitação.

Uma outra mostra da importância cultural do local é o alto fluxo de visitantes. Havia pouco espaço para caminhar tamanho o número de turistas. Ali encontramos tendas de artesanato azteca, comidas e danças típicas em plena praça pública.

Por falar em danças típicas, enquanto eu gravava uma apresentação, fui interpelado por uma integrante do grupo solicitando uma contribuição: "señor, para sacar fotos te pedimos una propina mínima de diez pesos". A propósito, propina é o mesmo que uma gorjeta. Clique e assista a apresentação e a pechincha Azteca.


O Centro Histórico da Cidade do México é bastante congestionado, tanto em termos de pedestres como de veículos. Para distâncias curtas eles têm um meio de transporte que é um triciclo, mas sem motor. Contrata-se o serviço, acerta-se previamente o valor e o "motorista" pedala até o destino. Parece cansativo para o condutor, mas é seguramente politicamente correto, pois não emite monóxido de carbono.  

A Catedral Metropolitana é impressionante no que diz respeito a sua arquitetura e tamanho. Onze arquitetos passaram por sua construção que durou 242 anos (1571-1813). Por isso  reúne vários estilos arquitetônicos desde o Gótico, Barroco até o Neoclássico. Na foto podemos verificar claramente os diferentes estilos. 

A Catedral tem 59 metros de largura, 128 de comprimento e cerca de 60 metros de altura, até a sua cúpula. Na parte interna, impressiona pela presença de 16 capelas todas ricas de detalhes construtivos e luxuosos. 

Quando se caminha pelo interior da igreja sente-se claramente os desníveis no piso. Isso porque a Cidade do México foi construída sobre o Lago Texcoco e está cedendo lentamente com o passar dos anos. Inclusive há um monumento próximo à Catedral que mostra que a Cidade já baixou cerca de dois metros desde a sua construção em 1325.

Diz a lenda que quando os Aztecas encontrassem uma águia sobre um Nopal (cactus) comendo uma serpente, seria ali a terra sagrada, local onde deveriam construir sua cidade. E Tenochtitlán, hoje Cidade do México, foi este local. Por isso, a bandeira do México carrega esta imagem em seu centro.

Foi um belo passeio para conhecer e sentir de perto a importância dos Aztecas na cultura mexicana.

Luciano Gasparini


O ANFITRIÃO QUEBRA-OSSOS

Constrangidamente chegamos à casa do doutor Bravo. Digo constrangidamente pois eram quase duas da manhã e chegávamos à residência de alguém que jamais havíamos sequer conversado. Porém, fomos recebidos como se estivéssemos em casa.

O doutor Bravo é cirurgião, tendo a traumatologia como especialidade. Acredita muito nas filosofias orientais, trabalha em casa e tem uma espécie de clínica fisioterápica, na qual também oferece acupuntura aos seus pacientes.

A família do doutor Bravo é extremamente receptiva e hospitaleira. Eles já têm como costume receber hóspedes dos mais diversos países da América. Eles são evangélicos, entendem-se como servo de Deus e se sentem na obrigação de fazer o melhor que podem ao próximo. E nesta breve passagem que estivemos por lá constatamos de perto que realmente o fazem.

Ficamos na Cidade do México durante dois dias e três noites e em todas elas o aconchegante lar do doutor Bravo foi o nosso QG de repouso. Normalmente saíamos cedo para os passeios e chegávamos tarde apenas para desmoronar na cama.

Foi um período extremamente proveitoso para a imersão no espanhol. Era se comunicar ou se comunicar, pois nenhum deles falava português. Entendemos-nos bem.

A família é numerosa. Doutor Bravo e Terê (apelido da sua esposa Tereza) têm quatro filhos. Ainda moram com eles a dona Ester, mãe de Terê. Ela era a responsável pelo preparo dos "desayunos", para nós uma espécie de café da manhã, porém muito mais reforçado com ovos mexidos, feijão e tortillas, entre outras coisas. A tortilla está tão presente na culinária mexicana que mais adiante iremos fazer um post só para ela.

O Eleazer, filho mais velho, foi o responsável por fazer as honras da casa. Ele tem 21 anos, é torcedor do Pumas e estuda desenho industrial. Ele que nos dava dicas da cultura local, indicava os pontos turísticos e se mostrava bastante interessado por aprender português. Em troca de toda hospitalidade o presenteamos com cédulas de Real, músicas brasileiras, fotos e uma cópia do CD Pelé Eterno.

A dona Ester, sogra do doutor bravo, é a cozinheira da casa. Ela preparava todas as refeições (e não são poucas, os mexicanos emendam uma na outra). Através dela pudemos conhecer algo sobre a culinária do México, sempre a base de muita pimenta. Há muitas variedades e a nossa malagueta é fichinha  perto da mais branda pimenta mexicana. Aos poucos ela foi conhecendo os hábitos de nossa alimentação e se esforçando para nos oferecer cafés da manhã a la brasileira, com frutas, pães, leites e cereais.

Jehieli é a única filha mulher, na verdade menina. Tem 16 anos. Muito reservada, por isso pouco conversamos. Porém, não menos hospitaleira. Sempre nos atendeu bem quando solicitada.

Terê e os demais filhos ( Moisés e Benjamin) estavam participando de curso de férias. Por isso pouco nos víamos. Encontramos-nos apenas na noite anterior a nossa despedida. Também foram muito amáveis neste pouco instante em que estivemos reunidos.

Por fim, volto a falar do doutor Bravo para prestar-lhe uma espécie de homenagem. Um homem absolutamente tranquilo, solidário, generoso e prestativo. Como curiosidade vale contar que minutos antes de nos despedirmos, me fez deitar em uma de suas macas e, gratuitamente, colocou os meus ossos no lugar. Verdadeiros golpes daqueles japoneses quebra-ossos. Estalei dos pés a cabeça. De acordo com doutor Bravo, esta diferença que aparece ao encostar os meus pés mostra o quanto a coluna estava desalinhada. E é possível, eu andava com constantes dores nas costas. Confesso que senti receio de sair todo quebrado, mas, pelo contrário, saí com uma incrível sensação de relaxamento.

A Copa do Mundo de 1970 ainda deixa marcas por aqui. É visível o carinho especial que os mexicanos têm pelos brasileiros. Enfim, não temos palavras para agradecer a esta família muito carinhosa, solícita e exemplarmente hospitaleira. Se quiserem vir ao Brasil em 2014 assistir à Copa do Mundo, serão muito bem-vindos.

Luciano Gasparini

sábado, 24 de julho de 2010

SEGUNDA PARTE - VOO LIMA - CIDADE DO MÉXICO

Após quatro horas de espera finalmente embarcamos para a Cidade do México. O voo atrasou três horas. O motivo? Manutenção na aeronave. Ficou um clima de desconfiança, mas foi tudo tranquilo. Desta vez o percurso demorou quatro horas e meia. Aterrisamos no Aeroporto Internacional da Cidade do México - Benito Juárez, às 23h45min da terça-feira.

Fomos o trajeto todo avistando as cordilheiras dos Andes. E dá-lhe livrinho de atividades para os guris. A propósito, por tratarem-se de crianças, se comportaram maravilhosamente bem. Resistiram bravamente as 20 horas desde a saída de casa até o desembarque em solo mexicano.

Cadê o carro?
Chegamos e encontramos uma temperatura amena. Havia chovido recentemente e fazia cerca de 18º C. Ficamos mais de uma hora no aeroporto, pois tivemos que passar pelo setor de imigração para dar a entrada legal no país, retirar as malas e trocar a moeda (de dólares para pesos mexicanos). Quando achávamos que estávamos prontos para deixar o aeroporto, passamos pela primeira aventura internacional: o meu irmão, que já nos esperava, "perdeu"o carro dentro do estacionamento. Está certo que é um dos maiores aeroportos do mundo, mas bem que ele poderia ter memorizado o andar, o box ou pelo menos a placa do carro. Como não conhecíamos o "coche" pouco pudemos ajudar. Depois de meia hora de procura tivemos de pedir ajuda aos seguranças do estacionamento. Eu, a Mara e os guris ficamos aguardando enquanto o meu irmão Júlio dava voltas e voltas de carro com os seguranças. Depois de uma hora o encontramos. Estava bem pertinho de onde aguardávamos e não era marrom como ele havia falado, e sim bege.

Por volta da 1h30min (horário brasileiro), chegamos à casa dos nossos primeiros anfitriões, amigos do meu irmão. Era hora de dormir e "tirar o voo do corpo".

Luciano Gasparini

terça-feira, 20 de julho de 2010

PRIMEIRA PARTE - VOO PORTO ALEGRE - LIMA

Nesta primeira parte tudo transcorreu normalmente. Por sorte a chuva parou e não houve atraso no embarque. O avião decolou do Aeroporto Salgado Filho às 7h05min horário brasileiro.

Os guris se comportaram maravilhosamente bem. Afinal foram cinco horas de viagem até Lima no Peru, onde iremos fazer a conexão para a Cidade do México.  Se comportaram tão bem que até mereceram um passeio pela cabine da aeronave.

Porém, alguns artifícios foram necessários para que estas cinco horas passassem o mais depressa possível. Estrategicamente levantamos voo portando livrinhos de passatempo, gibis, folhas em branco para escrever e colorir, além de algumas partidinhas de "stop". Os repetidos lanches também serviram como ingrediente para passar o tempo. Quiche de tomate seco, crepe de banana com chocolate, biscoitos, pãezinhos, salgadinhos e "Camote Chips", que depois de degustá-lo vimos a descobrir se tratar de um Ruffles na versão adocicada, compuseram o cardápio da TACA, a companhia peruana.

O único inconveniente foi a temperatura. Saímos da capital gaúcha com sete graus centígrados e a medida que íamos nos aproximando dos céus a temperatura foi aumentando. Algumas idas ao banheiro foram necessárias para tirarmos os pijamas, os casacos e as meias grossas.

Em seguida mais um prêmio, desta vez oferecido pela natureza. Um verdadeiro e privilegiado passeio panorâmico pelas Cordilheiras dos Andes. Alguns locais cobertos de neve, outros formando vales por vezes banhados por rios. Sensacional!! Neste momento o Cris categoricamente afirma: "pai, estamos chegando!". Eu pergunto: "chegando onde, filho". E ele com ar de quem conhece profundamente a região responde: "chegando lá embaixo, ora!"

Exatamente ao meio-dia, horário brasileiro, 10h no horário local, chegamos na capital peruana. Por conta da prioridade das crianças escapamos de uma fila quilométrica na revista de segurança. Ao apresentar os tickets para o embarque de conexão, uma surpresa: "senhor, o voo vai sofrer atraso de três horas". Ahh, tudo bem, uma bela oportunidade para conhecer o aeroporto internacional de Lima, conhecer a gastronomia local e dar um alô para os amigos. Portanto, eis nós aqui fazendo esta postagem. E a previsão de chegada à Cidade do México passa a ser às 21h45min horário brasileiro.

Luciano Gasparini

domingo, 18 de julho de 2010

EM BUSCA DO VISTO...

Para quem não acompanhou nossa saga em São Paulo em busca do visto mexicano... um breve (mas nem tão breve) relato!

SÁBADO (17 de abril de 2010)
Chegando ao Aeroporto de Congonhas, deixamos nossas malas no guarda-volumes e fomos aproveitar o lindo dia no Parque do Ibirapuera, pois havia ali um evento chamado Universo do Futebol. Depois, locamos quatro bikes e fomos percorrer o parque. Mas a especialidade dos meninos não é bicicleta, a diversão da tarde foram os diversos tombos - não me perguntem como eles conseguiram isto, estando de triciclo! Logo, fizeram amizade rapidinho com uns meninos que estavam jogando bola. Fim do dia, cansados, pegamos nossas malas no aeroporto e fomos para nossa hospedagem.


DOMINGO (18 de abril de 2010)
Acordamos todos antes das 7h, pq estávamos todos ansiosos. Fomos até a Lanchonete e o Gian pediu uma "torrada" - após um "hããã" do atendente, descobrimos a delícia do misto-quente. Pegamos o metrô e fomos conhecer o bairro da Liberdade, colonizado por japoneses. Degustamos um espetinho de camarão e um "salgadinho" de banana, compramos algumas lembrancinhas e nos tocamos para o Pacaembu conhecer o Museu do Futebol. Às 16h, um casal de amigos gaúchos (que agora moram em SP), nos receberam em sua casa - onde as crianças aproveitaram para jogar futebol com o amigo Júnior na quadra do condomínio. Chegamos na hospedagem após às 20h e tombamos...

SEGUNDA (19 de abril de 2010)
Era o dia esperado para irmos até o Consulado Mexicano. Saímos bem cedo, pra evitar atrasos por causa do congestionamento. O Consulado é extremamente rigoroso com a documentação. Não passamos pela triagem inicial e tivemos que tirar mais cópias dos documentos para acrescentar aos processos. Saímos de lá às 12h para almoçar e pagar o doc no banco, com o compromisso de retornar às 16h para pegar os passaportes com os vistos. Caminhamos bastante, porque o banco era distante. Almoçamos e depois, como ainda tínhamos tempo, fomos até o Shopping Iguatemi, onde havia uma atividade do Dia do Índio. Realmente, percebemos a indiada a que estávamos submetidos: cada meia hora por criança era R$ 20,00, mais o valor da oficina de arte (pra fazer o tal cocar do índio). Não quisemos arcar com valor tão alto e, após acalmar o Gian - que se pôs a chorar - convencemos as crianças a comprar brinquedos em uma loja. Ainda no shopping, encontramos o Carlos Miguel, ex-jogador gremista, campeão da Libertadores da América em 1995. Ele foi muito gentil e atencioso, ao tirar uma foto com os guris. Chegando o horário, rumamos para o Consulado, onde chegamos com 7 minutos de atraso - já estava fechado!! Disseram: "Só amanhã". Ficamos todos desolados, e quase chorando, apelamos para a presença das crianças, e por sermos de fora de SP. Por fim, a felicidade: VISTO COM ENTRADAS MÚLTIPLAS NO MÉXICO POR CINCO ANOS. Cansados, tomamos um banho e fomos conhecer as maravilhosas pizzas paulistanas!

TERÇA (20 de abril de 2010)
Dia de compras. Na Rua 25 de março compramos máscaras, cadernos de times, canetas com luzinhas e algumas camisas de clubes paulistas. Os guris se comportaram muito bem. Comemos uns pastéis deliciosos no Mercado Municipal e à tarde fomos para o Bairro do Brás, onde compramos roupas para as crianças e tênis para o Lú.

QUARTA (21 de abril de 2010 - Feriado de Tiradentes)
Cedo, após comermos nosso misto-quente, formos à Estação da Luz e no Museu da Língua Portuguesa. Um lugar muito interessante, mas para ir sozinho. Rss. Os guris pouco aproveitaram, pois é um ambiente de muita leitura e pouco tem para eles fazerem. Retornamos à hospedagem de metrô, organizamos nossa bagagem, e fomos de táxi para o aeroporto. Chegamos três horas e meia antes do horário do vôo, sendo suficiente para despachar as malas, almoçar, ir ao banheiro, comprar picolés, chiclés, revistinhas, brigar um pouco com os guris e se preparar para o término de um cansativo, mas gratificante período na capital paulista. Valeu a pena pela estada em família, pela experiência de passar alguns dias na maior metrópole da América do Sul, mas sobretudo pela conquista do visto, que vai nos dar a oportunidade de conhecer as nossas menininhas mexicanas.

Grande beijo

Luciano Gasparini e Família

sábado, 17 de julho de 2010

CRIANDO O BLOG

Pessoal, a ideia de criarmos o blog surgiu a partir da intenção de compartilharmos com amigos e familiares esta feliz oportunidade de viajarmos ao México.

E a possibilidade da viagem apareceu num momento extremamente doloroso. Em dezembro de 2009, o meu irmão Júlio César, que mora no México há cinco anos, veio a Porto Alegre para a indesejável cerimônia de despedida da nossa mãezinha, que falecera no dia 21 do mesmo mês.

No dia 22, ainda sob forte impacto emocional estivemos na residência da nossa mãe, pois o meu irmão precisava ficar pelo Rio Grande do Sul para encaminhar alguns assuntos. Ao entrar na casa e avistar todos os objetos intactos como a mãe havia deixado, nos levou copiosamente às lágrimas. Não era para menos, aquela casa simbolizava anos e anos de momentos felizes. E cada objeto ali caprichosamente arrumado, carregava os esforços de uma vida toda.

E imagino que na cabeça do meu irmão passou o mesmo, acrescido do sentimento de não poder compartilhar com a mãe a alegria que Deus lhe deu, a de se tornar duplamente pai, o que viria se concretizar no dia 07 de abril de 2010.

E em meio àquela emoção toda, um convite: "Lu, estou muito triste. Preciso muito de ti. Agora dá um jeito de viajar ao México, pois tu e a Mara serão os padrinhos de uma delas."

Mano, quer homenagem mais linda do que colocar o nome de uma das nossas pequeñas de Iara?

Onde quer que ela esteja, tenho certeza sente-se muito feliz de nos ver unidos rumando ao México para batizar a Iarinha e brincar muito com a mana Dannia.

Mano, ficamos todos tristes, mas infelizmente é o ciclo da vida. Então, bola p'ra frente e celebremos a saúde das nossas chiquititas.

E viva o México.

Amigos, o blog está no ar.

Opinem, comentem, riam. Curtam conosco este momento feliz das nossas vidas.

Luciano Gasparini Morais