domingo, 12 de setembro de 2010

FAMÍLIA ESQUISITA: cabelos em pé, anões e faquir com gesso

O dia 04 de agosto marcou o nosso último dia em Xalapa. Estava se aproximando o dia do retorno ao Brasil, mas antes fomos conhecer o MIX (Museu Interativo de Xalapa). A propósito, muito parecido com o Museu de Ciência e Tecnologia da PUC-RS, em Porto Alegre. O MIX apresenta formas criativas de mostrar fenômenos e conceitos relacionados com ciência, arte e cultura. Dentre eles, descrevemos abaixo aqueles que mais gostamos:

As pontas são tão inofensivas quanto assustadoras
Cama de cravos: o Lú fez as vezes de faquir e deitou sobre uma cama de pregos bastante afiados. O segredo está na grande quantidade de pontas, pois o pouco espaço entre os pregos torna a superfície plana e, portanto, inofensiva.

Cabo de guerra: uma corda apoiada em roldanas, onde num dos lados é necessário fazer muito mais força para equilibrar com o(s) oponente(s). Nesta "brincadeira", o Gian e o Cris ganharam do Luciano de barbada. Ao final, o Cris largou a corda e o Lú caiu sentado.

Bolhas gigantes de sabão: numa banheira com água, sabão e argolas de aço inoxidável, de quase um metro de diâmetro, era possível criar bolhas de sabão imensas que até mesmo encobriam o Cristian.

Anões gremistas visitam o Museu Interativo
Espelhos côncavos e convexos: esta foi a grande sensação, o experimento que os meninos mais gostaram, pois os espelhos refletiam imagens distorcidas. Ora ficávamos muito magros e altos e ora baixos como se fôssemos anões. Para eles, uma grande novidade.

Tocando bateria virtual: O Lú e o Cris formaram uma dupla de sucesso, tal era a empolgação na bateria. Sinceramente, os adultos estavam mais empolgados que as crianças neste experimento virtual! Assista o vídeo da dupla Cristian & Luciano, dissidentes das duplas Zezé di Camargo & Luciano e Christian & Ralf.

Contradição: sorriso no rosto e cabelos em pé
Cabelos em pé: Eu fiquei tonta com este experimento  de eletricidade estática. Através do vídeo é possível observar que eu ficava em pé e com as mãos sobre uma esfera metálica. Ainda balançava a cabeça para os dois lados (gerando energia), enquanto meus cabelos iam ficando literalmente "em pé". Mas a surpresa maior foi no final. A monitora estendeu o dedo indicador pedindo para que eu a tocasse. Quando encostei meu dedo no dela se formou um raio entre nós e levei um tremendo choque. Que susto!

Cobras: Havia muitas espécimes animais representativas do estado de Vera Cruz. Entre os seres vivos em cativeiro encontramos cobras e iguanas. Os guris gostaram das cobras. Às vezes havia mais de uma no mesmo viveiro e enroladas. Por causa das cores camuflantes era difícil distinguir uma da outra. E veja como os guris ficaram muito impressionados com a força de uma pequena cobra que subia sobre um galho.
 
Luciano: "A primeira e última vez sobre patins"
Patinação no gelo sintético: Quando meus três meninos viram a pista de patinação no gelo ficaram enlouquecidos, já vislumbrando a real possibilidade de estrearem neste esporte. Para mim, as "regras" - vindas de surpresa - vieram a calhar como desculpa para não me arriscar neste esporte tão radical. Mas meus corajosos foram empolgadíssimos para o "ringue", com os novos equipamentos. Os pequenos nem quiseram muita orientação: em poucos minutos já estavam arriscando seus passos sozinhos e caindo muitos tombos, e levantando, e caindo de novo. O Lú, mais inseguro e interessado nas orientações técnicas, ficou todo o tempo com o instrutor ao lado e demorou para se aventurar na pista. Conforme mostra o vídeo, mal sabiam dar os "primeiros passos" e o Lú aceitou um convite do Gian para uma corrida de ponta a ponta. Adivinhem? Caiu um tombo. E, diferentemente das crianças, caiu mal. O resultado: depois de 15 dias com dor no braço, já em Porto Alegre, foi consultar um ortopedista. Através da ressonância magnética soube do esmagamento de uma cartilagem e do estiramento do ligamento do pulso esquerdo. Tratamento de 21 dias de imobilização com gesso, mais dez sessões de fisioterapia. 

Lembram que os guris se tornaram anões diante do espelho? Pois é, parece que não voltaram mais ao tamanho normal. Tudo ao redor se tornou gigantesco diantes dos pequeninos gremistas.

Na verdade, não só para eles. O relógio se apressou e devorou os nossos dias. O tempo passou depressa e a estadia na cidade do Museu Interativo chegou ao fim.  Os 12 dias em Xalapa Enriquez ficarão para sempre nos nossos corações. Assim como alguns acessórios do Museu, as lembranças deste período se agigantarão para sempre na nossa memória.

O entardecer se aproximou. Era  hora de ir para casa arrumar as malas, pois às duas horas da madrugada, de quarta para quinta, o nosso ônibus partiria para a Cidade do México para mais passeios e aventuras antes de voar rumo ao Brasil.

Mara Antonia e Luciano Gasparini

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